Dia 13 de agosto de 2016, a
professora Valdélia de Barros Rocha, da Escola Estadual Rosa Pignataro, na
cidade de Nova Cruz, jurisdicionada à 3ª. DIRED, realizou uma aula-passeio com
a duração de duas aulas de 50 minutos, rememorando a arquitetura dessa cidade.
O conteúdo teórico ministrado foi "A
fotografia chega ao Brasil" e também foi abordada a história da origem da fotografia
embasada no livro “História da arte” de Graça Proença, edição de 2011.
A turma que a professora Valdélia contemplou
foi o 7º ano "A", composta por 42 alunos. E juntos foram fotografar a
arquitetura antiga ainda existente em Nova Cruz.
Com esse trabalho a professora
procurou desenvolver o olhar perspicaz do aluno, para que ele aprenda a zelar e
a guardar na memória por meio da arte de fotografar o que nos resta da história
de nossa cidade, ou seja, a arquitetura.
Embora muitas dessas obras artísticas
já estejam descaracterizadas com mudança de pintura e outras transformações
contemporâneas.
Essa casa, de Seu Zezito, data de
1929
A fachada da casa do prefeito Cid Arruda, filho de ex-prefeita Joanita Arruda Câmara com sua arquitetura amplamente preservada.
A fachada da casa do prefeito Cid Arruda, filho de ex-prefeita Joanita Arruda Câmara com sua arquitetura amplamente preservada.
A casa a seguir que preserva a fachada,
mas já transformada na parte da base, atualmente funciona como lanchonete e pizzaria
onde foi aberta uma grande portada com portão de rolo, e assim, nossa memória
vai se acabando e adeus história de Nova Cruz. Porém o restaurante e pizzaria El-Shaddai ainda preserva a bela fachada.
A Coletoria do Estado é uma das mais
impressionantes da arquitetura de Nova Cruz. A fachada continua preservada e
embelezando nossa cidade.
Essa casa a seguir pertenceu ao tio da
Professora Valdélia, o Sr. Dandoca, foi vendida ao SINTE de Nova Cruz. Não se
sabe se irão preservar pelo menos sua fachada que na opinião da professora é
também um artigo de luxo da arquitetura novacruzense.
A professora recomenda preservar
essas arquiteturas como um artigo de luxo, porque elas são relíquias da memória
de nossa cidade.
A estação ferroviária também se
encontra como parte de nossa memória histórica, e símbolo do período áureo da
nossa economia, pena que esteja esquecida
pelos órgãos responsáveis e também sabe-se que já foram destruídas aparatos que
faziam parte dela.
A professora Valdélia relembra a
própria infância quando viajava de trem, quando as cargas de sal eram
transportadas nos muitos vagões, dos sacos de gias (rãs) que eram transportadas
para o consumo das pessoas de outra região, lembra dos passageiros e da
ansiedade para chegar a casa da sua tia Lourdes que morava e continua morando
em Guarabira-PB.
Outra relíquia arquitetônica
novacruzense. Até a luminária ainda resistindo na nossa contemporaneidade e
enquanto os reformadores sem conhecimento não a apaguem, mas se apagar estará
acesa pela arte de fotografar.
Estas casas são mais modernas, seria
interessante salvá-la por ter um estilo diferente e ser sobrevivente na contemporaneidade,
em meio as demolições que acabam com nossa memória. Ela mostra a evolução das
moradias já de décadas mais recentes.
Prédio onde funcionou a grande usina de algodão do Sr. Mauro Pessoa. Nova Cruz tem história; é só sabermos preservar.
A loja Nova Imperatriz não faz parte
da antiga arquitetura, mas da história do comércio novacruzense. A loja ainda
continua com uma placa que faz propaganda da Duloren. Incrível! Sua dona já
faleceu, a famosa loja de aviamentos e brinquedos da Srª Dona Iracema.
A famosa Casa Globo ainda preservada
na pintura, letreiro, portas e fachadas. Concorrente da Nova Imperatriz
As observações e registros realizados
pelos estudantes e pela professora Valdélia, mexem com o emocional e ela
mesma confessa que essas fotos às vezes lhe dão um saudosismo. Com
certeza, não é apenas na professora, mas em qualquer novacruzense que vivenciou
o ciclo áureo da economia local.
A casa das janelas antigas já está a
venda e logo ninguém saberá o seu destino, se a preservação ou se a morte dessa
história que estamos tentando de alguma forma preservar.
A casa vizinha já foi modificada e já
está com a ampla portada.
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